Os
primeiros povoadores da Madeira começaram a
cultivar as encostas mais baixas do sul da ilha, cortando poios
(socalcos) ao
mesmo tempo que construíam as primeiras pequenas levadas, que
transportavam agua das nascentes mais acima nas encostas dos montes ate
as suas terras. A
primeira legislação a regulamentar a utilização das levadas e os
direitos de agua data da segunda metade do século XV.
Nos princípios do século XX, havia cerca de 200 destas levadas, serpenteando
por mais de 1000km. Muitas pertenciam a particulares e a apropriação
indisciplinada de agua fazia com que o bem mais valioso da ilha fosse
frequentemente distribuído de forma injusta. De facto, em meados da década de
1930, apenas dois terços da terra arável da ilha estavam a ser cultivados - e apenas
metade desses eram irrigados.
So o Estado possuía os meios económicos necessários para implementar um
programa de construção em larga escala e a autoridade para impor um sistema
mais equitativo de distribuição.
Tais cursos de agua não são exclusivos da Madeira, o que e único e a sua
acessibilidade e extensão. O sistema de irrigação da ilha e actualmente
composto por uns impressionantes 2150 km de canais, incluindo 40km de túneis.
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